Intolerância alimentar: conheça opções para inserir nas refeições
Intolerância alimentar é como aquela famosa frase “se você não tem, com certeza, conhece alguém que tem!”.
Em estudo realizado pela ASBBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia) denominado “Alergia Alimentar: um problema global”, foi descoberto que cerca de 8% das crianças com até dois anos de idade e 2% dos adultos, sofrem algum tipo de alergia alimentar.
Por isso, é importante ficar atento aos sintomas, procurar opções assertivas para a rotina alimentar. E sempre lembrar de distinguir o que é alergia e o que é intolerância alimentar.
Alergia x Intolerância
Muitos confundem, pensam que é sinônimo ou tudo a mesma coisa. Mas, na realidade, cada um tem sua particularidade, e precisa de atenção para não agravar a situação. Por isso, abaixo trouxemos mais informações para não ter confusão.
Alergia alimentar
Basicamente é a resposta imunológica do seu corpo. É só ingerir o alimento que os sintomas serão imediatos, isso porque o organismo entende que a comida é um corpo estranho, ou seja um agressor, e passa a produzir anticorpos para eliminá-lo. Sim, como se fosse uma doença. É preciso ficar muito atento nesse caso, pois só de tocar, inalar ou ingerir o alimento, o resultado pode ser fatal.
Intolerância alimentar
Enquanto um o corpo acha que é inimigo, já com a intolerância alimentar o organismo não entende quem são aqueles nutrientes ingeridos. Isso acontece pela deficiência de uma enzima específica responsável pela digestão e processamento dos componentes do alimento. Neste caso, os sintomas demoram cerca de 72 horas ou menos para aparecer.
Quais são os sintomas da intolerância alimentar?
Um deles é o mais comum, o problema digestivo. Você já deve ter ouvido alguém dizer que se come algum alimento precisa sempre ir ao banheiro depois. Esse é apenas um sintoma da intolerância alimentar, observe a lista e fique atento no seu corpo:
- Refluxo gástrico;
- Cólicas;
- Sensação de estufamento;
- Dores do estômago, costas e cabeça;
- Enjoo e vômito;
- Tontura;
- Fadiga e fraqueza;
- Coceiras.
Esses e outros variam de pessoa para pessoa. Por isso, é necessário procurar um médico e deixar claro o que está sentindo para que, com alguns exames, seja dado o diagnóstico completo e preciso.
Tipos de intolerâncias e substituições
Agora que você já sabe o que é intolerância alimentar e como descobrir, é hora de ver quais são as mais comuns e encontrar os alimentos perfeitos para uma substituição saudável. É possível, sim, fazer o organismo funcionar em equilíbrio e continuar se alimentando com comidas saborosas.
Intolerância ao glúten (doença celíaca)
Primeiramente, o glúten é a proteína encontrada no trigo, centeio, cevada e derivados desses grãos.
É preciso ficar atento a esse tipo de componente, pois, quando consumido permanentemente, pode ser levado a doença celíaca. Isso ocorre por uma reação imunológica à ingestão do glúten, que danifica o revestimento do intestino delgado.
Tendo como tratamento, assim como a intolerância, a mudança dos hábitos alimentares, seguindo rigorosamente uma dieta nutricional.
Conheça algumas opções para sua nova rotina:
- Troque a farinha branca por fubá, quinoa e farinha de milho;
- O açúcar refinado por Açúcar mascavo ou Açúcar demerara;
- No café da manhã prefira comer ovos e frutas com Semente de chia, Pasta de Castanha de Caju ou o Kit Granola;
- Para lanches da tarde escolha doces como Barras de fruta e Snack Caramelizado.
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Intolerância à lactose
Neste caso, o nosso corpo não consegue digerir totalmente o açúcar presente nos leites e derivados, causado pela deficiência em uma enzima chamada lactase.
Dependendo da sensibilidade do organismo é preciso retirar totalmente a lactose da alimentação ou apenas diminuir a quantidade.
Alguns alimentos derivados do leite são: creme de leite, leite condensado, leite em pó, iogurte, sorvete, queijos e muitos outros.
Por isso, siga algumas opções e mantenha a reposição de cálcio no seu corpo em dia:
- Inclua mais legumes e hortaliças de cor verde-escura, como: espinafres, agrião, rúcula e couve;
- Laticínios, em geral, sem lactose, incluindo os achocolatados;
- Sementes como as de abóbora, chia e girassol;
- Cereais integrais como a aveia;
- Peixes, frutos do mar, tofu e frango.
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Dicas finais
Para que sua rotina seja completa e nada te afaste dos encontros entre amigos e familiares, ou dos bons momentos onde as refeições sempre fazem parte, fique atento:
- Ao sair para um restaurante, planeje-se e se for necessário pode conversar com o garçom ou com o chef para que a melhor escolha seja apresentada;
- Leia sempre os rótulos das embalagens, até mesmo os que já conhece. A composição dos alimentos pode mudar. Não seja pego de surpresa;
- Deixe claro para as pessoas do seu convívio como funciona sua alimentação. Assim, cada vez mais, tudo o que lhe for apresentado será permitido no seu cardápio.
É importante lembrar que parar de comer o que gosta pode não ser a única opção, é preciso sempre investigar e fazer dos alimentos aliados e não inimigos. Variedade existe e você pode e deve experimentar.